Céfalo, um belo jovem que amava verdadeiramente sua esposa Prócris, rejeitava outras mulheres que o procurava, pois era totalmente devotado ao amor que sentia por ela.Durante suas caças na floresta, quando o sol estava a pico, Céfalo deitava numa sombra sobre a relva para se refrescar e descansar.
Toda vez que ele descansava, dizia: “Vem brisa suave, vem e refresca o meu peito, vem e mitiga o calor que me faz arder.” Certa vez, alguém passou por perto, ouviu o que Céfalo dizia e contou para Prócris, que duvidou e disse que só acreditaria na traição se visse a cena.Então, esperou Céfalo sair para a caça e o seguiu. Enquanto Céfalo descansava, Prócris escondida em um arbusto, ouviu as mesmas palavras que ele sempre dizia e começou a chorar e fez um barulho nos arbustos com seu movimento.
Céfalo pensou que era um animal selvagem e lançou sua flecha, que acertou Prócris.Quando Céfalo percebeu que havia ferido sua amada com o presente que ela mesma havia dado, fez de tudo para que ela não morresse, porém de nada adiantou.Prócris morreu dizendo a Céfalo: “Imploro-te que, se algum dia me amaste, se já alguma vez mereci a bondade de tuas mãos, meu marido, faças este meu último desejo: não te cases com essa odiosa Brisa.”Ao conhecer, ler e observar os mitos, eles nos trazem algo que ainda hoje nos transmite situações que são vivenciadas pela humanidade através dos tempos.
O mito de Céfalo e Prócris pode nos levar a refletir muito sobre julgamentos, má interpretações, a própria inveja da felicidade da alheia, precipitação sobre algo que não lhe diz respeito, fofocas e todas as demais atitudes que se tomam sem serem bem pensadas e dignas da verdade,todo cuidado é pouco quando se trata de falar da vida do outro, de julgamentos.Prócris havia dado a ele, dois presentes ganhos pela deusa Diana para serem usados na caça: um cachorro, que era o mais veloz de todos e uma flecha que jamais erraria seu alvo.